“A imparcialidade, e com ela toda a verdadeira historiografia, veio ao mundo quando Homero decidiu cantar os feitos dos troianos não menos que os dos aqueus, e louvar a glória de Heitor não menos que a grandeza de Aquiles” (Hannah Arendt, Entre o passado e o futuro, “O conceito de história”).
Trata-se de perscrutar combinações entre moral, religião, política, artes e economia. Em perspectiva histórica, linguística, imagética e crítica, as investigações abarcam: criações estéticas; cultura material; fontes documentais; formulações teológicas; produções literárias; sistemas simbólicos; instrumentalizações técnicas; expressões linguísticas; condutas morais; construções lexicais; manifestações de fé; agenciamentos corporais; relações de poder; disputas políticas; variações de culto; práticas de consumo; e esquemas de evangelização. Em torno de algumas dessas questões, reúne-se um grupo de estudos e leituras sobre reciprocidade na Ilíada de Homero (bem como outros documentos e obras de referência), tendo em vista explorar a potencialidade dessa noção em investigações sobre os seguintes tópicos: as relações entre amigos e inimigos; o sentido moral da hospitalidade; a tolerância entre inimigos; a estética da violência e dos enfrentamentos armados; as condutas e virtudes dos heróis; a realização de rituais funerários; a produção de banquetes; a correlação literatura-mitologia; o vocabulário e as noções do poeta; a honra e a glorificação dos guerreiros; as artimanhas dos deuses; a política nos diálogos e nos confrontos verbais; as descrições poéticas de cenas, paisagens e acontecimentos; e as dificuldades da diplomacia em contexto de guerra. A participação nesse grupo pretende instigar pesquisas em graduação e pós-graduação e está aberta a quaisquer interessados nesses problemas.
Para maiores informações, enviar mensagem para grego.univasf@gmail.com ou delcides.marques@univasf.edu.br